O ano de 2012 está se encerrando e com ele observamos uma grande mudança na condução da economia brasileira. Queda na taxa de juros, desvalorização cambial e redução do superávit primário. Chegamos ao final deste ano com reduzidas taxas de desemprego, queda nos níveis de investimento e baixo crescimento da economia. Como explicar esta conjuntura? O espírito animal dos empresários não foi despertado? Existe receio dos empresários frente à atuação mais ativa do governo na economia? O impacto da crise europeia é muito elevado?
Quando tomamos um banho, normalmente abrimos a torneira de água quente com certo volume de água – abertura já histórica, conhecida, e depois fazemos o ajuste fino com a água fria. Na economia as variáveis possuem diferentes tempos de resposta, além destas serem muito dependentes das expectativas dos agentes. Não temos na memória o resultado de alterações deste nível nas políticas fiscal, cambial e monetária, principalmente se consideramos que são ações conjuntas. Intervir desta forma pode ser interpretado pelo mercado como perda de rumo, principalmente quando a comunicação não está clara, com ruídos, influenciando as expectativas dos agentes. Não aguardar o devido tempo de resposta pode causar queimaduras. Esperamos que o governo tenha parcimônia e aguarde os resultados destes movimentos, que no meu entender foram muito importantes, e que a dosagem esteja correta. 2013 nos dirá.
Gostaria de agradecer a todos que em 2012 ajudaram a fazer o nosso Conselho ainda mais representativo, funcionários, conselheiros, delegados regionais, economistas e estudantes de economia, penso que tivemos grandes conquistas. Desejamos a todos um FELIZ NATAL e ótimo 2013.